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Cidade é lembrada pelas políticas de transporte sustentáveis e citada como exemplo de transição em andamento
Curitiba, mais uma vez, é citada como modelo de "economia verde" pelo Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). O conceito - preconiza desenvolvimento com baixa queima de carbono, eficiência no uso dos recursos e inclusão social - é um dos temas eleitos pela ONU para a Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que será realizada em junho no Rio de Janeiro.
O porta-voz do Pnuma,
Nick Nutall, lista as "políticas de transporte sustentáveis de cidades como Curitiba" como um dos "muitos exemplos
sinalizando que a transição está em andamento". Como referência, ele aponta ainda o "crescimento
das energias renováveis na Alemanha, na China ou na Índia, a propagação acelerada da agricultura
orgânica e sustentável em Uganda e Argentina".
Ainda em relatório divulgado em novembro, a ONU e o Pnuma já apontavam Curitiba como referência em sustentabilidade urbana, transporte e meio ambiente. No estudo "Rumo à Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza", a capital do Paraná é citada como referência de "cidade verde" e como a capital com a maior utilização do transporte público do Brasil.
"No momento em que o mundo se volta ao desafio da sustentabilidade urbana e ambiental, Curitiba, mais uma vez, serve de referência em temas que vão balizar os debates mundiais em torno do desenvolvimento e que serão o foco da Rio + 20. Nossa cidade evolui com base no planejamento que tem como referência as pessoas", disse o prefeito Luciano Ducci.
De Curitiba, a ONU destaca a política de integração do uso do solo ao transporte; o pioneirismo na implantação dos ônibus em canaletas exclusivas, que originaram o sistema dos BRTs (Bus Rapid Transit), os investimentos em infraestrutura na preparação para uma "cidade verde" - a capital do Paraná é listada ao lado de Copenhagen, Oslo, Amsterdã, Madri, Estocolmo, Vancouver e Portland -; e o programa Câmbio Verde, de troca de materiais recicláveis por alimentos, como prática de sucesso.
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, considera que a economia verde "desafia o mito de que economia e meio ambiente não se relacionam". "Com políticas públicas inteligentes, os governos podem fazer crescer suas economias, gerar emprego decente e acelerar o progresso social de forma a manter a pegada ecológica da humanidade dentro da capacidade do planeta."
Planejamento - No relatório, o Brasil aparece como um bom exemplo na área de planejamento urbano, sobretudo com as iniciativas implantadas em Curitiba. O relatório ressalta, ainda, a construção no país de 500 mil casas com sistemas de aquecimento solar, resultando em 30 mil novos empregos. A China é o país que mais investe em energia renovável
A pesquisa, envolvendo centenas de especialistas, confirma que investimentos de 2% do PIB global em dez setores-chave da economia bastariam para fazer a atual economia poluente e ineficiente em uma economia verde.